...

...

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Teatro popular em cordel ( Histórias de seu Zé )




Narrador:

Seu Zé alí estava sentado
Se sentindo um tanto só
Sozinho com seu pensamento
Cidadão ilustre de Orocó
Sentado ali sozinho na praça
Parecia meio sem graça
Sem o compadre João roxó

Num caminhado de matuto
Lá vinha o compadre João
Parecia sorrir sozinho
Numa grande animação
Vinha chegando de Santa Maria
Era essa sua alegria
Toda sua impolgação


Seu Zé:

Bom dia compadre João
Há quanto tempo não te via
Parece que anda escondido
Por ordem de dona Maria
Deixa logo de besteira
Puxe logo uma cadeira
E vamos por a conversa em dia



Seu João roxó:

Bom dia compadre Zé
Vou lhe responder essa arisia
Não sou mandado por mulher
Nem há de chegar esse dia
É que bateu a saudade no coração
Do mais belo lugar do sertão
A cidade de Santa Maria

É que fui matar a saudade
Da cidade onde nasci e me criei
Dos lindos momentos que lá vivi
Das grandes amizades que por lá deixei
Belo recanto do extenso sertão
E meu pranto sem querer ao chão
Sem perceber de meus olhos derramei


Seu Zé:

Escuta aqui Ô compadre
Você ta ficando meio bocó
Sair daqui pra Santa Maria
E deixar sua mulher só
Só pra ver de novo sua cidade
Deixe logo de bestage
Lugar melhor é Orocó


Cidade de gente feliz
Grande produtora de cebola
Essa é que cidade bonita
Do sertão a mais encantadora
Suas praças não canso de olhar
E pra sempre vou adimirar
Sua beleza tão sedutora

Seu João:

Sei que Orocó é bonita
Mas lá tá minha felicidade
Tem o belo museu coripós
Que conta a história da cidade
Microrregião de Petrolina
É o lugar que encanta e me fascina
Que me causam tanta saudade


Sua história vou lhe contar
Por favor presta atenção
Conhecida antigamente
Pela sua grande população
Como povoação da igreja nova
Se quiser o documento prova
Essa era sua denominação



Seu Zé:

A história de Orocó é mais bonita
Você não vai até acreditar
Foi formado por índios
Esse nosso imenso lugar
Povo de cultura muito rica
Que dá valor as belezas da vida
Cheios de força pra lutar

Acho que você não sabia
Escondido em sua palhoça
Que a palavra Orocó
Tem haver com a história nossa
Palavra de indígena origem
Que ela significa acreditem
Planta leguminosa

Seu João:

Deixe de conversa mole
Vamos falar da produção
Que gera renda pra cidade
No meio desse grande Sertão
Essa acredito que você não sabia
Que a cidade de Santa Maria
Tem o melhor vinho da região


Temos que ver nosso presente
Não só o que já aconteceu
Sei que é meu compadre
Sei que você é amigo meu
Não vá por favor se ofender
Mas uma coisa tenho que dizer
Quem vive de passado é museu


Seu Zé:

Orocó é cidade desenvolvida
Seu sustento vem da natureza
Sua produção agricola
É uma das maiores da redondeza
Deixe logo de bobage
Pois também minha cidade
Tem um monte de riqueza

Narrador:

Já no meio da história
Chega o pai de seu Zé
Ignorante feito bicho
Acredite você se quiser
Quem ver se assusta
Parente de seu Lunga
Até parece que ele é


Pai de Seu Zé:

Õ Zé Cabra preguiçoso
Vá cuidar do boi cherém
Da vaca leiteira e do burro
Dos bodes e das cabras também
Que conversar com seu compadre
Sobre bobage de cidade
Não enche o bucho de ninguém

Seu Zé:

Vamos parar com essa conversa
Me escuta compadre João
Elas são duas belas cidades
Já cheguei a essa conclusão
Que Orocó e Santa Maria
Como todo mundo já sabia
São duas belezas do sertão


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Metáfora da vida




Na vida desfrutamos de momentos dificeis de se esquecer
A cada pessoa que conhecemos... uma nova linha é escrita
Mas não pense que somos os escritores...somos apenas o lápis!
Quem escreve é o verdadeiro dono do livro!
As vezes teimamos em quebrar a ponta...nos desviamos da linha para nós traçada!
As vezes queremos apagar os rabiscos feitos por nós...mas as vezes é tarde...
Pois de tão escuro não consequimos passar uma borracha e escrever de novo!