O desejo

Certa noite, dona Arlete que estava no segundo mês de gestação,
teve um desejo no mínimo estranho. Ela já estava deitada em sua cama com seu
esposo quando fez o pedido a ele:

_ Amor, amor... Acorda amor!_ Dona Arlete na tentativa de
acordar o marido.

_ O que foi? Pergunta o marido à esposa!

_ Eu queria que você fosse comprar uma coisa pra mim. _
Responde a mulher um pouco constrangida com o que estava a ponto de pedir!

_ O que você quer que eu compre a essa hora da noite? Já
está tarde, vá dormir! Amanhã eu compro! _ O homem fala isso e torna a dormir.

Dona Arlete fica numa inquietação nítida, ela levanta-se vai
a cozinha abre a geladeira, mas nada que vê satisfaz o seu desejo. Anda por
toda a casa mesmo não estando à procura de nada, vai ao banheiro olha-se no
espelho e isso aumenta ainda mais seu desejo exótico. Volta para cama e
deita-se ao lado do marido, começa a cutucá-lo e chamá-lo de forma bastante
tímida.

_ Amor!_ Sussurra dona Arlete!

Seu esposo não esboça nenhuma reação e continua a dormir.
Como uma leoa que defende sua cria dos perigos da selva, a brava mulher perde a
paciência e grita com certo desespero!

_ Acorda! Acorda! Acorda!

O pobre levanta-se espantado da cama com sua senhora ao lado
de cabelos assanhados, que mais parecia uma juba de leão, e uma cara de extrema
fúria.

_ Levante-se daí agora e vá comprar o que vou te pedir! E
não adianta por desculpas!   _Grita a
fera com o coitado.

Ele tira o carro da garagem e põe-se a procurar algum local
aberto pra ofertar à bela e digníssima esposa o que a mesma desejaria. Depois
de três horas de procura, chega o maldito com uma melancia!

_ Amor! Amor! Encontrei o que me pediu com tanto carinho.
Tive sorte! Encontrei um lugar aberto!

  Não a encontra na
sala, vai até a cozinha e ela não está lá. E vem imediatamente em seu
pensamento:

_ Será que depois de tudo isso ela foi dormir?

Continua caminhando... Vai ao quarto e encontra sua esposa
safada com um negão em sua cama matando seu grande desejo.