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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Preciso de ti


Me julgam, me apontam como se fossem santos
Me condenam sem antes me ouvir
Mas a justiça de Deus proverá
A tempestade irá passar
Meus Deus nos braços me levará
Quando meus pés não tiverem forças pra seguir

Deus está comigo e com você também
O que vale é você fazer o bem
Não importa quem você é
Se é pobre ou rico
Se católico ou protestante
O que vale é na via não ser um errante
O que vale é se arrepender
Deus não faz distinção de cor
O que vale é o amor que há no coração

Oh! Deus preciso de ti
Carrega-me na santidade dos seu braços
Minhas pernas não tem forças pra seguir
Guia meus passos... Preciso de ti
Me dá força pra seguir essa luta
Hoje mais que nunca
Preciso da sua ajuda... Me faça de novo sorrir

Deus está comigo e com você também
O que vale é você fazer o bem


Enigma da felicidade


Felicidade. Queria embriagar-me de ti, e em minhas veias correr o êxtase do orgasmo
Inebriar-me de encantos mil, feito versos que sussurram em minha alma
Ter a insanidade dos loucos, embriagado pela lucidez de um poeta

O que seria felicidade afinal?  Algo inalcançável ao coração calejado pelo tempo?

Só me restam espinhos retirados das belas flores que minhas mãos afagaram
Foram-se as rosas e ficaram os espinhos penetrados na alma doente
Desejaria ao menos provar de ti felicidade cigana

Prender-me a ti para não mais soltá-la, fazer de ti companheira eterna
Felicidade, és tu meu maior desejo, prender-me ao seu beijo e nunca mais soltá-la


O que seria felicidade afinal? 



Despedidas


A saliva que se prende a boca, preso pelo orgulho que fere a alma
O silêncio em meio a tantas palavras que deveriam ser pronunciadas
Um combate árduo entre o pensar e o agir, razão e emoção

A dor do adeus, sem nunca haver uma despedida
No embate face a face de todos os dias, sem nunca dizer adeus
Havendo de uma das partes a vontade do cruzar de olhares

A auto-estima estilhaçada pelas derrotas continua
Desejando que isso não passasse de um sonho ruim
Só resta-lhe esperar o tempo, amigo de todas as horas


terça-feira, 10 de abril de 2012

Rabiscos de mim

Viver é o ato mais sublime da criação. Nenhum teorema matemático é mais complexo que o simples ato de viver. Pareço contradizer-me, mas apenas busco complexificar o complexo. Sonho o que acordado não consigo atingir, magoo quem mais me quer bem e insisto em manter na mente, quem de mim merece repugnância.
 Persisto a errar sucessivamente, sou falho até demais. Queria pedir-me perdão pelo que já proporcionei a mim. O simples ato de pensar, me tortura. Queria voltar a ser criança e assim fazer de minha maior preocupação a cor a ser usada em rabiscos de desenho.
Há em mim a consciência de minha humanidade, mas torturo-me a cada erro cometido, e condeno-me antes das outras pessoas, aliás, os que os outros pensam não causam em mim tanta dor quanto ao meu auto-julgamento.
Sei mais que preciso, e o que sei tortura-me. Felizes são os ignorantes que não sabem tudo aquilo que suponho saber.