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quinta-feira, 27 de março de 2014

Orgulho solitário

Quanto mais você precisa perder
Pra começar entender o que está claro?
Teu orgulho te leva a solidão
E o medo de pedir perdão
Torna teu erro imperdoável.

Justificar seu erro nas atitudes alheias
É mesmo que cortar a árvore que você semeou
Sentir-se menor que pequenos grãos de areia
E se ver  em um deserto que você mesmo criou.


segunda-feira, 24 de março de 2014

Poetize-se

Sou um verso triste de uma singela poesia
Deleite-se em mim com essa sua alma fria
Sou como fogo que  aquece a água.

Poetize-se em mim
Como estrofes que dão fim
A um belo poema.

Minha vida é escrita em metáforas
Sou meu tudo meu quase nada
Uma  palavra que teima em se repetir.

Poetize-se em mim
Como estrofes que dão fim
A um belo poema.


domingo, 23 de março de 2014

Ah! O amor...

Amar é viver na superficialidade de uma vida mentirosa
E sofrer não mais importa na inconstante ardência da saudade
Verdades mentirosas ao pé do ouvido não fazem sentido
Se não forem ditas por quem se ama
E o querer é o que basta 
Em sussurros ao pé da cama.


Planalto


Que se abram as portas da escuridão
Um covil de ladrão e seus comparças
Me roubaram o pão só me restou as traças
Nesse palácio não tem rei só tem ladrão.


Me roubaram até o sonho que um dia tive.


Terra indígena


Qual caminho devo seguir
Do caminho das índias me perdi
E apenas índios encontrei
O ouro reluzente me cegou
E diversas vidas em mim matou
Pelas riquezas que aqui encontrei.

Cresci ouvindo mentiras de você
Que roubou minhas noites de sono
Mas a verdade vou lhe revelar
Só fizeram roubar
Uma terra que já tinha dono.

Como posso dizer que descobrir
Se já existia gente aqui
Existia gente aqui.



Delírios e poesia


Vivo o dia-dia
Buscando a poesia que alguém deixou para trás
Nesse avesso de vida louca
Entre devaneios e muito mais
Eu falo sem abrir a boca

Na busca pelos versos que ninguém declama mais.


Busco dias de glória
Banhados no suor de árdua luta
Luto pelo sangue que derramastes sobre mim
Ando em passos curtos de uma real conduta
Na ingênua esperança que esse mundo não tenha fim.







Em busca da luz

Me perdi quando quis me encontrar
Sonhos perdidos em um quarto vazio
Estou feito mar a desaguar em um rio
Vivo a falar o certo e o absurdo
Procuro na cruz a minha luz.



O passado se prende ao presente 
Vou assim ao encontro da paz
A procura do que em mim está ausente
Me aconchegar aos braços do pai.