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domingo, 6 de abril de 2014

Carne podre

Sinto-me como um nada, feito carne podre
O pecado tatuado na pele e impregnado nas entranhas
Sofro por não conter minhas vontades, e deliciar-me com coisas estranhas
O que me tornarei então, se não sou dono de mim?

Não te peço muito, e nem quero o que não é meu
Só quero ser dono de mim e de minha própria vida
E por mais que te escreva, e por mais que um dia te diga
Talvez você não consiga me entender.

As vezes faço o que sei que é errado, só para ao meu corpo atender
Ele não me pede, me obriga, me chateia, me suplica e me condena
E por mais que eu tente, persista, e resista, nada posso fazer
Sou dono do mundo, mas não sou dono de mim.